O poder do exemplo


vida em família
Gilson e Elizabete Bifano
Esopo foi um personagem quase mítico do 
século VI a.C. Pouco 
se sabe de sua vida, 
mas ele é muito conhecido 
na literatura mundial devido às fábulas que escreveu. 
Uma delas é a do lagostim e 
sua mãe.
Diz a fábula:
“ – Não andes de lado, 
dizia a mamãe-lagostim a 
seu filho –, para de roçar as 
costas nas rochas úmidas.
– Mas, mamãe, aprendi 
com você: ande direito que 
também andarei”.
A lição moral da fábula é 
sobre o valor de ser o exemplo para aqueles que nos seguem. Como pais, ensinamos 
nossos filhos por meio das 
palavras, mas também com 
a nossa vida. Nossos filhos 
estão sempre a nos observar. 
Seja em casa, no trânsito, 
nos negócios e nos relacionamentos humanos em geral.
Os educadores chamam 
esse tipo de aprendizado de 
observacional ou aprendizado por imitação, em que os 
pais atuam como modelos 
para os filhos. Estudos revelaram que desde o nascimento 
somos modelos vivos para 
nossos filhos. Pesquisas realizadas com bebês com apenas 
19 horas de nascidos mostraram que eles já são capazes 
de pôr a língua para fora, 
repetindo um gesto facial que 
veem um adulto realizar.
Nesse sentido, quando nossos filhos nos veem lendo a 
Bíblia, estamos ensinando-
-os sobre a importância da 
leitura da Palavra de Deus. 
Quando eles nos veem sendo 
gentis com outras pessoas, 
estão aprendendo ricas lições 
sobre o valor da gentileza. 
Quando nos veem alegres 
saindo de casa para os cultos 
dominicais, aprendem sobre 
a alegria de fazer parte de 
uma igreja.
Foi por isso que Paulo conclamou o jovem Tito para 
que fosse o exemplo para 
os mais jovens. Como pais 
e mães também somos conclamados por Deus a sermos 
exemplos vivos para nossos 
filhos, pois tudo de bom ou 
de ruim eles estão a nos observar e, o que é mais importante, a nos imitar.
Acho interessante como 
Isaque imitou seu pai Abraão 
em alguns aspectos. Um deles foi em relação à mentira. 
Abraão, diz a história bíblica, 
que mentiu a faraó ao dizer 
que sua esposa, Sara, era sua 
irmã. O mesmo aconteceu 
com Isaque, quando disse 
que Rebeca não era sua esposa (Gn 12.14; 20; 26). Se 
Isaque imitou atitudes negativas, o mesmo aconteceu 
com atitudes positivas. Os 
descendentes de Abraão o 
imitaram também na prática da adoração. Na história 
familiar de Abraão vemos 
iniciativa de erguer altares a 
Deus (Gn 12,7; 8; 13.8; 22.1-
14). Agora, preste atenção 
como este exemplo foi imitado por Isaque (Gn 26.5) e 
por seu neto Jacó (Gn 28.18; 
33.20; 35.7).
Séneca, (4 a.C – 65 d.C) 
pensador e escritor romano, 
disse acertadamente quando 
escreveu: “O homem acredita mais com os olhos do 
que com os ouvidos. Por isso 
longo é o caminho através 
de regras e normas, curto e 
eficaz através do exemplo”. 
Jesus, nosso exemplo perfeito, que viveu na época do 
pensador romano, afirmou: 
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos 
fiz, façais vós também” (Jo 
13.15).
Que atitudes nossos filhos 
e netos veem em nós? Estamos sendo bons exemplos de 
maridos? Bons exemplos de 
esposas? Bons exemplos de 
pais e filhos? Nossa atitude 
para com a igreja, para com 
o pastor e demais membros é 
digna de imitação?


Fonte: O Jornal Batista

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