Acabei de ler o mestre Isaltino. Ele não gosta de ser bajulado. Mas não é à toa que ele é um dos maiores escritores evangélicos deste pais.

Escrever não é fácil. Muitos o fazem profissionalmente, outros, pensam que escrevem bem. A leitura cativante é algo extraordinário. Quando lemos algo muito bom, logo somos cativados e presos ao texto.


Escrever é difícil. Não por falta de assunto ou tema. Não porque não há o que escrever. Mas sabe de uma coisa? Nestes dias temos visto muita gente escrevendo e falando bobagem. As pessoas não pensam no que dizem e não tem responsabilidade com o que falam. Chegaram até Jesus. Trouxeram uma mulher pega em flagrante adultério. A mulher adulterou milagrosamente sozinha. Não houve outro caso desse em toda a história da humanidade. A mulher foi trazida, mas faltava o adultero. Neste caso, a cegueira dos falsos moralista era tanta, que não perceberam a falha no processo. Enquanto os acusadores da mulher estavam obstinados em condenar Jesus, sem se importar em sacrificar a mulher, Jesus se manteve em silêncio. Passo muito tempo sem escrever porque não consigo sentar e escrever todo dia. Acho que precisamos ter condições especificas para cada assunto. Acho que não podemos deixar de nos olhar antes de expor opiniões. Corremos o risco de sermos como os políticos. No amazonas havia um senado tucano que não tinha nunca uma palavra de equilíbrio quando o caso era o PT. Não sou petista. Não sou chegado às injustiças.


Fico muitas vezes em silêncio porque não tenho a detenção total dos fatos. Daí, muito me incomoda o fato de incriminar outro sem antes saber bem todo o contexto. Precisamos escrever com mais cuidado, com mais respeito, pois destruir uma vida é muito fácil.  Fazer a construção de uma personalidade é tão difícil. Exige toda uma vida.


Parabenizo os que escrevem bem e com respeito. Fico em silêncio para poder entender melhor, pois tenho medo do apedrejamento público, e mais medo ainda, de oferecer as pedras.


Pr. Gilvan Mourão

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